Setembro é tipicamente um mês de recomeços. Seja porque é o mês em que começa o Outono, dando inicio a um novo ciclo de renovação, seja porque para muitos é época de regresso ao trabalho. Ou, para os mais novos de regresso às aulas…
Este será, certamente, o mês em que mais se fala (e pensa) em escola e educação. Por todo o lado vemos imagens de mochilas, material escolar, crianças e jovens preparados para voltar às salas de aula.
Não há nada mais excitante e poderoso do que a aprendizagem – ainda que muitos estudantes (e até professores!) possam discordar desta ideia, nesta altura do ano.
A educação é uma ferramenta poderosa
na formação dos indivíduos,
dos seus valores e potencial.
É, talvez, a ferramenta mais eficaz para o empoderamento pessoal e colectivo e um meio fundamental de mudança e desenvolvimento.
É importante, por isso, relembrar que educação é muito mais do que aquilo que acontece dentro dos limites de uma sala de aula.
Ao nosso redor, no nosso quotidiano existem mil e uma oportunidades de aprendizagem que devemos saber identificar e valorizar. E, cada vez é mais relevante dissipar as fronteiras que existem entre educação formal, no seu sentido restrito (associada à escola) e a educação informal (que acontece no dia-a-dia).
Este aspecto torna-se ainda mais relevante quando pensamos na educação para o desenvolvimento sustentável. A sua importância foi veiculada pelas Nações Unidas, na Educação para o Desenvolvimento Sustentável, entre 2005 e 2014. Mas, terminado este período, muito ainda ficou por fazer.
E, sendo o desenvolvimento sustentável um conceito tão amplo e complexo, nada mais pode exigir do que uma abordagem educativa contínua, sistémica, multi e interdisciplinar, transversal e colaborativa.
Mas calma! Apesar da teoria ser aparentemente complicada, é bastante simples conseguir integrar acções de educação para o desenvolvimento sustentável no nosso dia a dia.
Quer sejamos pais ou educadores… ou simples curiosos, há uma série de pequenos passos que podemos implementar nas nossas rotinas que nos permitem promover uma educação realmente sustentável.
Aqui ficam 12 dicas para promover a educação para o desenvolvimento sustentável. Dentro e fora da sala de aula. Para crianças, jovens, adultos… e todos quantos tenham disponibilidade para aprender:
1 | Ser Generoso e Gentil
A generosidade e a gentileza podem parecer, à partida, descontextualizados da temática da educação para o desenvolvimento sustentável. Mas, não podemos esquecer que grande parte das aprendizagens se faz através dos modelos que observamos.
Um mundo generoso e gentil é, sem dúvida, algo que todos desejamos e devemos inspirar. Generoso e gentil com os nossos semelhantes, com o planeta terra que tão desapegadamente nos acolhe, com todas as formas de vida, connosco próprios…
2 | Promover o Contacto com a Natureza
A natureza é o suporte de toda a nossa existência e encontra-se gravemente ameaçada pela acção humana. Estar em contacto com a Natureza permite-nos compreender a sua importância e valorizá-la.
As crianças, que necessitam de praticar actividades ao ar livre, poderão usufruir ainda mais desta aprendizagem. Mas o conselho é válido também para os mais crescidos.
A praia, o campo, a montanha (ou qualquer outro tipo de paisagem) constituem os mais ricos laboratórios de experiências que se pode imaginar!
3 | Contactar com Realidades Diferentes
A verdadeira sabedoria nasce do contacto com a diversidade. O contacto com realidades diversas permite o aumento da experiência, a ampliação da nossa zona de conforto individual e a aquisição de cultura geral.
Por “realidades diferentes” podemos entender as sociais, familiares, culturais, económicas, entre muitas outras.
O contacto com a diferença promove a compreensão, a tolerância e o respeito, alguns dos princípios básicos do desenvolvimento sustentável.
4 | Explicar as suas Acções e Motivações
Talvez o seu quotidiano já seja feito por pequenos grandes gestos que fazem a diferença. Mas se não explicar o porquê de fazer aquilo que faz, estas irão passar despercebidas à maioria das pessoas.
Muitas vezes, a falta de acção está intimamente ligada à falta de consciência.
Se começar a explicar às pessoas porque recusa palhinhas e sacos de plástico, por exemplo, ou porque prefere comprar no comércio tradicional, estará a servir de (bom) exemplo e a inspirar a mudança.
5 | Educar as Redes Sociais
As redes sociais ganharam, nos últimos anos, um espaço significativo nas nossas vidas. Seja qual for a utilização que delas fazemos, é inegável o papel informativo que as mesmas têm (ou podem ter).
Por dia, quantidades inimagináveis de informações são partilhadas, visualizadas, difundidas. Cabe-nos aproveitar esse papel educativo para partilharmos informação útil e relevante.
E isso inclui, claro, informação sobre desenvolvimento sustentável, tornando-o um conceito amplamente conhecido, praticado e enraizado no nosso dia-a-dia.
6 | Integrar Grupos sobre Desenvolvimento Sustentável no Facebook
Já aqui foi referido o potencial das redes sociais. Mais do que o seu poder informativo, o Facebook tem a capacidade de juntar pessoas com interesses semelhantes, permitindo a partilha de experiências e saberes.
Neste tipo de grupos, prevalece o espírito de entreajuda e, certamente, irá ter a oportunidade de aprender e ensinar.
7 | Incentivar a Responsabilidade Financeira
Numa sociedade em que persiste a ideia de que “somos aquilo que temos”, torna-se simples perder o controlo das finanças pessoais.
As crianças adoram! E só isto já poderia ser suficiente… Contudo se escolher livros educativos, sobre desenvolvimento sustentável, estará a cultivar a curiosidade sobre esta temática.
O velho ditado “de pequenino é que se torce o pepino” fala por si. Mas tenho a certeza que das conversas que resultarem dessas leituras, irá retirar grandes ensinamentos. Afinal, as crianças são grandes mestres.
9 | Comprar Brinquedos Educativos sobre Desenvolvimento Sustentável
Hoje em dia é possível encontrar uma série quase infinita de brinquedos educativos, nos mais diferentes suportes.
Na altura da escolha, prefira aqueles que difundam conteúdos relacionados com temáticas sustentáveis. Incentive os seus amigos e familiares a fazerem o mesmo.
10 | Fazer os Seus Livros Circular
Sabe aquele livro que mudou completamente a sua concepção do mundo?! Não o deixe parado na estante a apanhar pó.
Faça-o circular entre os seus amigos e familiares e permita que mude também as suas vidas.
11 | Apoiar Projectos Educativos e Culturais
De facto, por muito importante que seja a sua acção individual, a verdade é que não poderá educar todo o mundo sozinho/a! Felizmente, cada vez mais existem projectos educativos e culturais de grande valor, que podem ajudar nessa missão.
Preste o seu apoio quer monetariamente, quer através de voluntariado, divulgação, etc. e possibilite que a mensagem chegue mais longe.
12 | Conhecer a História dos seus Antepassados
Nunca é demais relembrar a importância do saber acumulado ao longo de gerações e gerações.
Conheça os seus antepassados, quem eram, o que fizeram e transmita essa informação aos seus descendentes.
Dessa forma estará a preservar toda essa sabedoria ancestral.
Para sustentar a sua acção educativa sobre terceiros, não se esqueça de cultivar a sua própria educação para o desenvolvimento sustentável. Mais uma vez, nada mais fácil!
Assista a filmes, documentários ou se preferir leia blogues, livros, revistas sobre temáticas relevantes na área da sustentabilidade, desenvolvimento, diferenças culturais…
Informe-se sobre consumo responsável, economia verde, negócios sociais e demais temas que lhe suscitem interesse e, ao mesmo tempo lhe permitam estar informado.
Por vezes, o difícil é começar ou, nesta altura do ano, recomeçar! Mas lembre-se de manter as coisas simples. Pequenos passos resultam em grandes transformações.
Tal como o Outono acontece pela queda de uma folha de cada vez, permitindo a renovação do ciclo, deixe que as suas pequenas acções resultem em grandes renovações de mentalidades!
12 Sugestões para uma Educação Sustentável
Setembro é tipicamente um mês de recomeços. Seja porque é o mês em que começa o Outono, dando inicio a um novo ciclo de renovação, seja porque para muitos é época de regresso ao trabalho. Ou, para os mais novos de regresso às aulas…
Este será, certamente, o mês em que mais se fala (e pensa) em escola e educação. Por todo o lado vemos imagens de mochilas, material escolar, crianças e jovens preparados para voltar às salas de aula.
Não há nada mais excitante e poderoso do que a aprendizagem – ainda que muitos estudantes (e até professores!) possam discordar desta ideia, nesta altura do ano.
A educação é uma ferramenta poderosa
na formação dos indivíduos,
dos seus valores e potencial.
É, talvez, a ferramenta mais eficaz para o empoderamento pessoal e colectivo e um meio fundamental de mudança e desenvolvimento.
É importante, por isso, relembrar que educação é muito mais do que aquilo que acontece dentro dos limites de uma sala de aula.
Ao nosso redor, no nosso quotidiano existem mil e uma oportunidades de aprendizagem que devemos saber identificar e valorizar. E, cada vez é mais relevante dissipar as fronteiras que existem entre educação formal, no seu sentido restrito (associada à escola) e a educação informal (que acontece no dia-a-dia).
Este aspecto torna-se ainda mais relevante quando pensamos na educação para o desenvolvimento sustentável. A sua importância foi veiculada pelas Nações Unidas, na Educação para o Desenvolvimento Sustentável, entre 2005 e 2014. Mas, terminado este período, muito ainda ficou por fazer.
E, sendo o desenvolvimento sustentável um conceito tão amplo e complexo, nada mais pode exigir do que uma abordagem educativa contínua, sistémica, multi e interdisciplinar, transversal e colaborativa.
Mas calma! Apesar da teoria ser aparentemente complicada, é bastante simples conseguir integrar acções de educação para o desenvolvimento sustentável no nosso dia a dia.
Quer sejamos pais ou educadores… ou simples curiosos, há uma série de pequenos passos que podemos implementar nas nossas rotinas que nos permitem promover uma educação realmente sustentável.
Aqui ficam 12 dicas para promover a educação para o desenvolvimento sustentável. Dentro e fora da sala de aula. Para crianças, jovens, adultos… e todos quantos tenham disponibilidade para aprender:
1 | Ser Generoso e Gentil
A generosidade e a gentileza podem parecer, à partida, descontextualizados da temática da educação para o desenvolvimento sustentável. Mas, não podemos esquecer que grande parte das aprendizagens se faz através dos modelos que observamos.
Um mundo generoso e gentil é, sem dúvida, algo que todos desejamos e devemos inspirar. Generoso e gentil com os nossos semelhantes, com o planeta terra que tão desapegadamente nos acolhe, com todas as formas de vida, connosco próprios…
2 | Promover o Contacto com a Natureza
A natureza é o suporte de toda a nossa existência e encontra-se gravemente ameaçada pela acção humana. Estar em contacto com a Natureza permite-nos compreender a sua importância e valorizá-la.
As crianças, que necessitam de praticar actividades ao ar livre, poderão usufruir ainda mais desta aprendizagem. Mas o conselho é válido também para os mais crescidos.
A praia, o campo, a montanha (ou qualquer outro tipo de paisagem) constituem os mais ricos laboratórios de experiências que se pode imaginar!
3 | Contactar com Realidades Diferentes
A verdadeira sabedoria nasce do contacto com a diversidade. O contacto com realidades diversas permite o aumento da experiência, a ampliação da nossa zona de conforto individual e a aquisição de cultura geral.
Por “realidades diferentes” podemos entender as sociais, familiares, culturais, económicas, entre muitas outras.
O contacto com a diferença promove a compreensão, a tolerância e o respeito, alguns dos princípios básicos do desenvolvimento sustentável.
4 | Explicar as suas Acções e Motivações
Talvez o seu quotidiano já seja feito por pequenos grandes gestos que fazem a diferença. Mas se não explicar o porquê de fazer aquilo que faz, estas irão passar despercebidas à maioria das pessoas.
Muitas vezes, a falta de acção está intimamente ligada à falta de consciência.
Se começar a explicar às pessoas porque recusa palhinhas e sacos de plástico, por exemplo, ou porque prefere comprar no comércio tradicional, estará a servir de (bom) exemplo e a inspirar a mudança.
5 | Educar as Redes Sociais
As redes sociais ganharam, nos últimos anos, um espaço significativo nas nossas vidas. Seja qual for a utilização que delas fazemos, é inegável o papel informativo que as mesmas têm (ou podem ter).
Por dia, quantidades inimagináveis de informações são partilhadas, visualizadas, difundidas. Cabe-nos aproveitar esse papel educativo para partilharmos informação útil e relevante.
E isso inclui, claro, informação sobre desenvolvimento sustentável, tornando-o um conceito amplamente conhecido, praticado e enraizado no nosso dia-a-dia.
6 | Integrar Grupos sobre Desenvolvimento Sustentável no Facebook
Já aqui foi referido o potencial das redes sociais. Mais do que o seu poder informativo, o Facebook tem a capacidade de juntar pessoas com interesses semelhantes, permitindo a partilha de experiências e saberes.
Neste tipo de grupos, prevalece o espírito de entreajuda e, certamente, irá ter a oportunidade de aprender e ensinar.
7 | Incentivar a Responsabilidade Financeira
Numa sociedade em que persiste a ideia de que “somos aquilo que temos”, torna-se simples perder o controlo das finanças pessoais.
É essencial, por isso, educar os mais jovens (e não só!) para a importância de planear e responsabilizar-se pelas próprias finanças. Ao mesmo tempo, isto permite lembrar o valor das coisas e fazer escolhas mais conscientes.
8 | Ler para uma Criança
As crianças adoram! E só isto já poderia ser suficiente… Contudo se escolher livros educativos, sobre desenvolvimento sustentável, estará a cultivar a curiosidade sobre esta temática.
O velho ditado “de pequenino é que se torce o pepino” fala por si. Mas tenho a certeza que das conversas que resultarem dessas leituras, irá retirar grandes ensinamentos. Afinal, as crianças são grandes mestres.
9 | Comprar Brinquedos Educativos sobre Desenvolvimento Sustentável
Hoje em dia é possível encontrar uma série quase infinita de brinquedos educativos, nos mais diferentes suportes.
Na altura da escolha, prefira aqueles que difundam conteúdos relacionados com temáticas sustentáveis. Incentive os seus amigos e familiares a fazerem o mesmo.
10 | Fazer os Seus Livros Circular
Sabe aquele livro que mudou completamente a sua concepção do mundo?! Não o deixe parado na estante a apanhar pó.
Faça-o circular entre os seus amigos e familiares e permita que mude também as suas vidas.
11 | Apoiar Projectos Educativos e Culturais
De facto, por muito importante que seja a sua acção individual, a verdade é que não poderá educar todo o mundo sozinho/a! Felizmente, cada vez mais existem projectos educativos e culturais de grande valor, que podem ajudar nessa missão.
Preste o seu apoio quer monetariamente, quer através de voluntariado, divulgação, etc. e possibilite que a mensagem chegue mais longe.
12 | Conhecer a História dos seus Antepassados
Nunca é demais relembrar a importância do saber acumulado ao longo de gerações e gerações.
Conheça os seus antepassados, quem eram, o que fizeram e transmita essa informação aos seus descendentes.
Dessa forma estará a preservar toda essa sabedoria ancestral.
Para sustentar a sua acção educativa sobre terceiros, não se esqueça de cultivar a sua própria educação para o desenvolvimento sustentável. Mais uma vez, nada mais fácil!
Assista a filmes, documentários ou se preferir leia blogues, livros, revistas sobre temáticas relevantes na área da sustentabilidade, desenvolvimento, diferenças culturais…
Informe-se sobre consumo responsável, economia verde, negócios sociais e demais temas que lhe suscitem interesse e, ao mesmo tempo lhe permitam estar informado.
Por vezes, o difícil é começar ou, nesta altura do ano, recomeçar! Mas lembre-se de manter as coisas simples. Pequenos passos resultam em grandes transformações.
Tal como o Outono acontece pela queda de uma folha de cada vez, permitindo a renovação do ciclo, deixe que as suas pequenas acções resultem em grandes renovações de mentalidades!
INTEGRADA
CONTÍNUA
SISTÉMICA
Susana Machado
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