Quando observamos a natureza conseguimos facilmente perceber que todas as coisas estão interligadas.
As nuvens, o céu, o mar, os rios, a água que bebemos… São alguns dos componentes do ciclo da água. Apenas um exemplo, entre milhares que podemos descobrir, se olharmos verdadeiramente para as coisas que nos rodeiam.
Tal como o espaço que nos rodeia, também o desenvolvimento sustentável apresenta três dimensões: ambiente, sociedade e economia.
Na maioria das vezes acabamos por esquecer esta realidade, tal como na vida, tantas vezes, perdemos o equilíbrio. Em resultado disso, podemos privilegiar uma dimensão mais do que a outra.
• Quantas vezes ouvimos falar em sustentabilidade apenas considerando o pilar ambiental?
• Quantas (demasiadas) vezes colocamos a dimensão económica no topo das nossas decisões?
• Quantas vezes encaramos o sector social como uma realidade diferente e distante das outras componentes?
Até conseguirmos encontrar um verdadeiro e duradouro equilíbrio entre estas três dimensões, continuaremos longe de conseguir atingir um desenvolvimento realmente sustentável.
Ok, isso é muito bonito e já o ouvimos um milhão de vezes – respondem-me vocês – mas no que é que me diz respeito?
Na realidade, o desenvolvimento sustentável tem sido uma questão abordada sobretudo ao nível dos países e regiões. Ou seja, esferas territoriais que, infelizmente, acabam por estar distantes das nossas realidades pessoais.
O surgimento da Agenda 21 Local, enquanto ferramenta de trabalho da sustentabilidade tentou contrariar esta tendência ao aproximar a discussão e as soluções dos cidadãos.
Baseadas em métodos participativos procuram um maior envolvimento da população, a nível local, no processo de tomada de decisão.
Mas sejamos honestos… Quantos de nós já ouvimos falar na Agenda 21 Local? E mais ainda… Quantos é que já tivemos oportunidade de participar na elaboração de uma? Bom, eu não!
No entanto, isto continua a ser uma matéria da qual devemos estar conscientes e na qual precisamos estar envolvidos.
Tendo isto em mente, o que podemos fazer, hoje mesmo, para mais facilmente alcançar este equilíbrio?
Aqui ficam 3 sugestões que nos podem ajudar a percorrer um caminho mais sustentável e consciente.
1 | CULTIVAR O RESPEITO
Em primeiro lugar, respeito por nós próprios. Pela grandiosa e perfeita (ainda que inacabada) obra que somos. Pelo nosso corpo que serve de suporte à nossa existência. Pela nossa mente, um mistério ainda por desvendar. Porque somos únicos.
Mas respeito também pelas outras pessoas, animais, plantas com quem partilhamos uma importante e significativa quantidade de carga genética. Porque somos uno.
E, por fim, respeito pelos nossos ancestrais, as nossas origens, pelo caminho que percorremos para chegar ao ponto onde estamos, independentemente dos erros que possamos ter cometido.
Curiosamente (ou não) o significado de respeito engloba a “acção de olhar para trás”. Só olhando para trás, podemos ver o caminho que temos pela frente. Aprendendo com os erros, replicando as boas práticas. Valorizando a nossa herança genética, cultural, histórica…
2 | VIVER NO PRESENTE
Olhar para o passado não significa ficar preso a ele, apenas retirar as lições que nos são úteis.
É no presente que se deve centrar a base das nossas acções, da nossa reflexão, do nosso comportamento. Inevitavelmente precisamos de projectar as nossas preocupações e respeito no futuro, nas gerações que estão por vir. Mas é no agora que a nossa existência acontece.
Então, o segredo é viver no presente, tendo em consideração o legado de todos quantos existiram antes de nós, respeitando os direitos de todos aqueles que ainda estão por vir.
Parece fácil… mas não é!
3 | PENSAR GLOBAL, AGIR LOCAL
Há vários anos que esta é uma máxima do conhecimento público, mas é possível que nem sempre apreendamos o seu real significado e grandeza.
Pensar global implica estarmos conscientes de que todas as nossas acções (e muitas vezes omissões) têm um impacto que nos ultrapassa. Tal como referido no Princípio do Efeito Borboleta da Teoria do Caos:
“O bater de asas de uma simples borboleta, pode influenciar o curso natural das coisas, e provocar um tufão do outro lado do mundo.”
Não existem acções isoladas e definitivamente não existem acções sem consequências. Por vezes, podemos ter a tentação de pensar que aquilo que fazemos não importa, não faz diferença ou que é apenas uma gota num oceano.
Mas o que não podemos esquecer é que o imenso oceano é constituído de milhares de milhões de minúsculas gotas. E nenhuma delas é insignificante. São todas essenciais para a sua existência. E, por vezes, uma pequena gota é suficiente para contaminar uma grande quantidade de água…
Se tivermos em conta estas 3 sugestões na nossa vida quotidiana, estaremos certamente a contribuir para um mundo mais sustentável e, inconscientemente, para um maior equilíbrio nos pilares da sustentabilidade.
Cultivando o respeito por nós e pelos outros, seremos necessariamente mais respeitadores do ambiente que nos rodeia, da sociedade a que pertencemos e da economia que nos sustenta.
Vivendo no presente, estaremos mais conscientes da interligação permanente e constante desses três vectores.
E, ao pensar global e agindo local, teremos a certeza que, o mais pequeno e insignificante gesto que tivermos na nossa casa, família, comunidade, não procura mais nada do que um bem comum, que é da responsabilidade de todos nós.
3 Passos para uma Vida mais Consciente
Quando observamos a natureza conseguimos facilmente perceber que todas as coisas estão interligadas.
As nuvens, o céu, o mar, os rios, a água que bebemos… São alguns dos componentes do ciclo da água. Apenas um exemplo, entre milhares que podemos descobrir, se olharmos verdadeiramente para as coisas que nos rodeiam.
Tal como o espaço que nos rodeia, também o desenvolvimento sustentável apresenta três dimensões: ambiente, sociedade e economia.
Na maioria das vezes acabamos por esquecer esta realidade, tal como na vida, tantas vezes, perdemos o equilíbrio. Em resultado disso, podemos privilegiar uma dimensão mais do que a outra.
• Quantas vezes ouvimos falar em sustentabilidade apenas considerando o pilar ambiental?
• Quantas (demasiadas) vezes colocamos a dimensão económica no topo das nossas decisões?
• Quantas vezes encaramos o sector social como uma realidade diferente e distante das outras componentes?
Até conseguirmos encontrar um verdadeiro e duradouro equilíbrio entre estas três dimensões, continuaremos longe de conseguir atingir um desenvolvimento realmente sustentável.
Ok, isso é muito bonito e já o ouvimos um milhão de vezes – respondem-me vocês – mas no que é que me diz respeito?
Na realidade, o desenvolvimento sustentável tem sido uma questão abordada sobretudo ao nível dos países e regiões. Ou seja, esferas territoriais que, infelizmente, acabam por estar distantes das nossas realidades pessoais.
O surgimento da Agenda 21 Local, enquanto ferramenta de trabalho da sustentabilidade tentou contrariar esta tendência ao aproximar a discussão e as soluções dos cidadãos.
Baseadas em métodos participativos procuram um maior envolvimento da população, a nível local, no processo de tomada de decisão.
Mas sejamos honestos… Quantos de nós já ouvimos falar na Agenda 21 Local? E mais ainda… Quantos é que já tivemos oportunidade de participar na elaboração de uma? Bom, eu não!
No entanto, isto continua a ser uma matéria da qual devemos estar conscientes e na qual precisamos estar envolvidos.
Tendo isto em mente, o que podemos fazer, hoje mesmo, para mais facilmente alcançar este equilíbrio?
Aqui ficam 3 sugestões que nos podem ajudar a percorrer um caminho mais sustentável e consciente.
1 | CULTIVAR O RESPEITO
Em primeiro lugar, respeito por nós próprios. Pela grandiosa e perfeita (ainda que inacabada) obra que somos. Pelo nosso corpo que serve de suporte à nossa existência. Pela nossa mente, um mistério ainda por desvendar. Porque somos únicos.
Mas respeito também pelas outras pessoas, animais, plantas com quem partilhamos uma importante e significativa quantidade de carga genética. Porque somos uno.
E, por fim, respeito pelos nossos ancestrais, as nossas origens, pelo caminho que percorremos para chegar ao ponto onde estamos, independentemente dos erros que possamos ter cometido.
Curiosamente (ou não) o significado de respeito engloba a “acção de olhar para trás”. Só olhando para trás, podemos ver o caminho que temos pela frente. Aprendendo com os erros, replicando as boas práticas. Valorizando a nossa herança genética, cultural, histórica…
2 | VIVER NO PRESENTE
Olhar para o passado não significa ficar preso a ele, apenas retirar as lições que nos são úteis.
É no presente que se deve centrar a base das nossas acções, da nossa reflexão, do nosso comportamento. Inevitavelmente precisamos de projectar as nossas preocupações e respeito no futuro, nas gerações que estão por vir. Mas é no agora que a nossa existência acontece.
Então, o segredo é viver no presente, tendo em consideração o legado de todos quantos existiram antes de nós, respeitando os direitos de todos aqueles que ainda estão por vir.
Parece fácil… mas não é!
3 | PENSAR GLOBAL, AGIR LOCAL
Há vários anos que esta é uma máxima do conhecimento público, mas é possível que nem sempre apreendamos o seu real significado e grandeza.
Pensar global implica estarmos conscientes de que todas as nossas acções (e muitas vezes omissões) têm um impacto que nos ultrapassa. Tal como referido no Princípio do Efeito Borboleta da Teoria do Caos:
Não existem acções isoladas e definitivamente não existem acções sem consequências. Por vezes, podemos ter a tentação de pensar que aquilo que fazemos não importa, não faz diferença ou que é apenas uma gota num oceano.
Mas o que não podemos esquecer é que o imenso oceano é constituído de milhares de milhões de minúsculas gotas. E nenhuma delas é insignificante. São todas essenciais para a sua existência. E, por vezes, uma pequena gota é suficiente para contaminar uma grande quantidade de água…
Se tivermos em conta estas 3 sugestões na nossa vida quotidiana, estaremos certamente a contribuir para um mundo mais sustentável e, inconscientemente, para um maior equilíbrio nos pilares da sustentabilidade.
Cultivando o respeito por nós e pelos outros, seremos necessariamente mais respeitadores do ambiente que nos rodeia, da sociedade a que pertencemos e da economia que nos sustenta.
Vivendo no presente, estaremos mais conscientes da interligação permanente e constante desses três vectores.
E, ao pensar global e agindo local, teremos a certeza que, o mais pequeno e insignificante gesto que tivermos na nossa casa, família, comunidade, não procura mais nada do que um bem comum, que é da responsabilidade de todos nós.
CONSCIÊNCIA
PERSPECTIVA
Susana Machado
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