Mudar de cidade, mudar de casa, mudar de hábitos, mudar de companhias… Mudar de vida.
Parece ser uma epidemia do século XXI, mas cada vez se ouvem mais histórias de pessoas que decidem mudar completamente as suas vidas. Ou se calhar sou só eu que estou mais atenta a elas, talvez por eu própria ter feito o mesmo.
Sim, sou mais uma das que, em 2017, decidiu deixar o seu emprego estável por uma vida nova. Indo contra tudo aquilo que se esperava de mim, despedi-me daquele que foi, em tempos, o emprego dos meus sonhos, e troquei-o por uma vida com mais liberdade, mais criatividade e mais propósito.
• Se me arrependo? Não, nada mesmo.
• Se sou mais feliz agora? Sim, sem dúvida.
Se foi fácil? Não, de todo!
Este tipo de mudança é, muitas vezes, idealizado por quem não acredita que também o pode fazer. Afinal de contas, ser dona do meu próprio tempo, trabalhar naquilo que quero, quando quero, poder viajar a qualquer altura para qualquer lugar, é muitas vezes visto – e não menos vezes pintado – como a vida de sonho.
E é verdade, apesar de esta vida também ter os seus problemas (desde a instabilidade financeira, à obrigação de se aprender a auto-motivar, a um certo isolamento provocado por se viver uma vida algo inconvencional), não deixa de ser uma vida de sonho para quem está bem ciente das dificuldades que vai enfrentar.
Mas um dos aspetos que poucas vezes é referido nestes relatos de mudanças radicais e de vidas ideais é exatamente o ponto onde tudo começa: o momento da mudança.
É certo que não haverá um único momento de mudança, mas sim um período de transição e de adaptação à nova vida. Mas é certo também que esse período pode ser muito difícil – pode ser o mais difícil – e tenho para mim que é factor que impede muitas pessoas de avançarem.
Se também está a pensar mudar de vida, prepare-se bem para essa mudança. Pode ter uma vida ideal à sua espera do outro lado, mas não vai conseguir chegar lá enquanto não atravessar o deserto da mudança.
Deixo aqueles que foram, para mim, os 4 aspectos mais difíceis da mudança.
1 | A dúvida (e o medo de falhar)
A dúvida aparece sempre, por vezes nos momentos em que menos esperamos. Há a dúvida do início, aquela que é fácil de explicar, que está lá porque ainda não tomámos uma decisão, e depois há a dúvida que aparece quando pensávamos que já estava tudo certo, que estava mais do que decidido e que não havia sequer outra alternativa. Esta é a dúvida que mata muitos sonhos.
No meu caso, decidi demitir-me num dia, após ultrapassadas muitas dúvidas, e como pessoa sensata que sou, decidi também que iria esperar um mês para dar esse passo. Assim, se continuasse a querer fazê-lo ao fim de um mês, diminuía as probabilidades de me arrepender após o estrago estar feito.
Durante esse mês, e porque, na minha cabeça, tinha realmente tomado a decisão final, não tive uma única ponta de dúvida. Tudo estava decidido, eu estava certa do que queria e já nem conseguia imaginar a minha futura vida de outra forma.
Chegado o dia em que tinha decidido entregar a carta de demissão, aposto que consegue adivinhar o que aconteceu. Sim: todas as dúvidas regressaram, mais fortes do que nunca, e quase me impediram de avançar.
Felizmente, estava bem familiarizada com o conceito de “instinto de sobrevivência” e sabia perfeitamente que era isso que estava a acontecer: o meu cérebro estava a tentar impedir-me de fazer algo que colocava em risco a minha subsistência. Também felizmente, estava já algo habituada a contrariar o meu instinto de sobrevivência, através de diversas actividades radicais, já que ele não é tão necessário nos dias de hoje como já foi em tempos.
Mas as grandes dúvidas não ficaram por aqui.
Os primeiros dias após o grande passo dado foram de uma sensação enorme de liberdade. Essa sensação, aliada ao facto de ter várias pessoas a darem-me os parabéns e a salientarem a minha coragem, fez com que andasse bem e feliz. Mas depois lá volta ela outra vez: a dúvida.
Tive coragem, sim senhora, despedi-me e vou mudar de vida. Mas, e se…
• E se não conseguir ganhar dinheiro de outra forma?
• E se afinal este era mesmo o meu trabalho de sonho?
• E se afinal ter liberdade e poder viajar for apenas overrated?
A dúvida regressa e continua por lá durante muito tempo, agora associada ao medo de falhar. Nuns dias mais silenciosa, noutros mais barulhenta, uma pessoa vai tentando arranjar estratégias para a contrariar, mas se for totalmente honesta, ainda não consegui descobrir quando é que ela desaparece totalmente. A parte gira disto tudo é que falhar é inevitável e até é bom pois traz um bom apanhado de aprendizagens e algum crescimento associados.
Só posso esperar falhar muito, para conseguir aprender, melhorar, crescer e deixar de ter dúvidas e medo (como ainda acredito que seja possível).
2 | As dúvidas dos outros
A pessoa que muda de vida não é a única a ter dúvidas. Não, nem de perto.
Há muitas mais pessoas que têm dúvidas em relação à nossa mudança.
Por um lado, há aqueles que ficam com a dúvida se ainda temos alguma sanidade mental. Acreditam que só um louco faria uma asneira deste tamanho. Afinal de contas, quem deixaria o conforto de um emprego (tido como) certo, de um ordenado constante ao final do mês, de saber sempre com o que contar e de ter toda a sua vida futura já pré-determinada? Só um louco, nitidamente!
Depois, há os que têm muitas dúvidas em relação ao nosso futuro. Duvidam que a pessoa seja capaz, no fundo é isso. Duvidam que seja possível a pessoa mudar de área, aprender coisas novas (agora, depois dos 30!?), conquistar sucesso a fazer um outra coisa qualquer, diferente daquela que andou anos a estudar.
Muitos duvidam também que seja possível. Acreditam que essa história de ganhar a vida de forma diferente, trabalhando para si próprio, muitas vezes através de trabalho estritamente online e com recurso apenas a um portátil e a uma ligação de internet, é apenas isso mesmo: uma história que uns maluquinhos contam para fazerem inveja aos outros.
Estas pessoas ainda não conseguiram ver que o mundo de hoje é diferente do de há 10 ou 15 anos e que há muitas coisas que dantes não eram possíveis e que agora se estão a tornar no novo “normal”.
“Digital nomad is the new black”
A verdade é que estas dúvidas dos outros alimentam ainda mais as nossas próprias dúvidas. E também não sei quando é que as dúvidas deles desaparecem, mas sei que rapidamente elas deixam de ter importância. À medida que vamos fazendo coisas e colocando planos em acção, há vozes que deixam de se ouvir, não porque se calaram, mas porque deixamos de dar por elas.
3 | Temos de nos re-inventar
Quando se muda assim tão radicalmente, é imperativo que tenhamos de apagar formatações antigas. Coisas que associamos a nós próprios mas que deixam de fazer sentido, à luz da nova realidade.
Eu, por exemplo, trabalhava em ciência e acreditava que só tinha jeito para números e laboratórios. Sempre uma excelente aluna a matemática, química e física, achava que não havia mais nada que eu pudesse fazer a não ser trabalhar com ciência.
O problema é que um laboratório não se pode levar connosco em viagem e nas instituições tradicionais, os horários flexíveis têm pouco de flexíveis e muito de “ligeiramente maleáveis” (para além de serem, muitas vezes, mais longos do que o ideal).
Então o que há-de uma pessoa fazer nesse caso?
É fácil: re-inventa-se.
Descobre coisas novas: coisas de que gosta, coisas para as quais afinal até tem jeito, junta muita vontade de ser mais criativo e de pensar fora da caixa, e acaba por descobrir o seu caminho.
Não é de um dia para o outro nem é ao calhas. É com muito trabalho de auto-conhecimento, com o descascar da cebola feita de camadas de crenças limitadoras, com a ajuda de quem já passou pelo mesmo e com muita vontade de descobrir o que está, afinal, lá por baixo.
Acabam por se descobrir coisas que desconhecíamos totalmente sobre nós próprios, incluindo uma força enorme e uma vontade de remar contra a maré, para além de capacidades enterradas, a mais importante das quais é a capacidade de aprender.
E quando queremos mesmo mudar, então mudamos. Construímos uma nova identidade, vamos buscar ao mais fundo de nós todos os pedacinhos que são precisos, e propomo-nos a aprender coisas novas todos os dias. São essas coisas que desenterramos e que aprendemos e re-aprendemos que nos permitem avançar com os projectos dos nossos sonhos.
4 | A sensação de tempo perdido
É inevitável: quando percebemos que a mudança era mesmo a escolha certa, pensamos “mas porquê só agora?”
Porque não vi isto antes? Porque não percebi há mais tempo que a minha vida ideal era outra? Porque demorei tanto tempo a descobrir aquilo que realmente me faz feliz?
E apesar de inevitável, é também inútil.
É inútil porque já não há nada a fazer. Porque o tempo já passou e não podemos voltar atrás e até porque mais vale tarde do que nunca. Não foi antes mas é agora!
E é inútil porque era necessário. Era necessário passarmos por tudo o que já passámos para sermos a pessoa que somos no momento de mudança. Para sermos a pessoa que é capaz de dar esse passo.
Não vale a pena pensar no quão já podíamos estar lá mais à frente, porque para conseguir ir para a linha da frente era preciso crescer primeiro. Era preciso mudar de mindset, perceber o mundo actual e conhecer quem realmente somos. Era preciso tempo.
Mentalizamo-nos que aconteceu quando tinha de acontecer, quando se tornou possível acontecer, e que se tivesse acontecido antes não teria sido tão bom porque ainda iam faltar peças. E quando finalmente temos as peças todas, damos o salto mas não caímos no abismo. Em vez disso, construímos as nossas asas e voamos bem alto.
Adorei, Filipa! Estava mesmo a precisar de ler isto …
Natalia
Esta é a Filipa que eu tenho vindo a conhecer devagarinho, no início reservada e agora cheia de confiança e vontade de mostrar o tanto que podemos fazer. Muito bom. Inspirador para pequenas e grandes mudanças. Nat.
Os 4 maiores Obstáculos à Mudança
Quem nunca sentiu necessidade de mudar?
Mudar de cidade, mudar de casa, mudar de hábitos, mudar de companhias… Mudar de vida.
Parece ser uma epidemia do século XXI, mas cada vez se ouvem mais histórias de pessoas que decidem mudar completamente as suas vidas. Ou se calhar sou só eu que estou mais atenta a elas, talvez por eu própria ter feito o mesmo.
Sim, sou mais uma das que, em 2017, decidiu deixar o seu emprego estável por uma vida nova. Indo contra tudo aquilo que se esperava de mim, despedi-me daquele que foi, em tempos, o emprego dos meus sonhos, e troquei-o por uma vida com mais liberdade, mais criatividade e mais propósito.
• Se me arrependo? Não, nada mesmo.
• Se sou mais feliz agora? Sim, sem dúvida.
Se foi fácil? Não, de todo!
Este tipo de mudança é, muitas vezes, idealizado por quem não acredita que também o pode fazer. Afinal de contas, ser dona do meu próprio tempo, trabalhar naquilo que quero, quando quero, poder viajar a qualquer altura para qualquer lugar, é muitas vezes visto – e não menos vezes pintado – como a vida de sonho.
E é verdade, apesar de esta vida também ter os seus problemas (desde a instabilidade financeira, à obrigação de se aprender a auto-motivar, a um certo isolamento provocado por se viver uma vida algo inconvencional), não deixa de ser uma vida de sonho para quem está bem ciente das dificuldades que vai enfrentar.
Mas um dos aspetos que poucas vezes é referido nestes relatos de mudanças radicais e de vidas ideais é exatamente o ponto onde tudo começa: o momento da mudança.
É certo que não haverá um único momento de mudança, mas sim um período de transição e de adaptação à nova vida. Mas é certo também que esse período pode ser muito difícil – pode ser o mais difícil – e tenho para mim que é factor que impede muitas pessoas de avançarem.
Se também está a pensar mudar de vida, prepare-se bem para essa mudança. Pode ter uma vida ideal à sua espera do outro lado, mas não vai conseguir chegar lá enquanto não atravessar o deserto da mudança.
Deixo aqueles que foram, para mim, os 4 aspectos mais difíceis da mudança.
1 | A dúvida (e o medo de falhar)
A dúvida aparece sempre, por vezes nos momentos em que menos esperamos. Há a dúvida do início, aquela que é fácil de explicar, que está lá porque ainda não tomámos uma decisão, e depois há a dúvida que aparece quando pensávamos que já estava tudo certo, que estava mais do que decidido e que não havia sequer outra alternativa. Esta é a dúvida que mata muitos sonhos.
No meu caso, decidi demitir-me num dia, após ultrapassadas muitas dúvidas, e como pessoa sensata que sou, decidi também que iria esperar um mês para dar esse passo. Assim, se continuasse a querer fazê-lo ao fim de um mês, diminuía as probabilidades de me arrepender após o estrago estar feito.
Durante esse mês, e porque, na minha cabeça, tinha realmente tomado a decisão final, não tive uma única ponta de dúvida. Tudo estava decidido, eu estava certa do que queria e já nem conseguia imaginar a minha futura vida de outra forma.
Chegado o dia em que tinha decidido entregar a carta de demissão, aposto que consegue adivinhar o que aconteceu. Sim: todas as dúvidas regressaram, mais fortes do que nunca, e quase me impediram de avançar.
Felizmente, estava bem familiarizada com o conceito de “instinto de sobrevivência” e sabia perfeitamente que era isso que estava a acontecer: o meu cérebro estava a tentar impedir-me de fazer algo que colocava em risco a minha subsistência. Também felizmente, estava já algo habituada a contrariar o meu instinto de sobrevivência, através de diversas actividades radicais, já que ele não é tão necessário nos dias de hoje como já foi em tempos.
Mas as grandes dúvidas não ficaram por aqui.
Os primeiros dias após o grande passo dado foram de uma sensação enorme de liberdade. Essa sensação, aliada ao facto de ter várias pessoas a darem-me os parabéns e a salientarem a minha coragem, fez com que andasse bem e feliz. Mas depois lá volta ela outra vez: a dúvida.
Tive coragem, sim senhora, despedi-me e vou mudar de vida. Mas, e se…
• E se não conseguir ganhar dinheiro de outra forma?
• E se afinal este era mesmo o meu trabalho de sonho?
• E se afinal ter liberdade e poder viajar for apenas overrated?
A dúvida regressa e continua por lá durante muito tempo, agora associada ao medo de falhar. Nuns dias mais silenciosa, noutros mais barulhenta, uma pessoa vai tentando arranjar estratégias para a contrariar, mas se for totalmente honesta, ainda não consegui descobrir quando é que ela desaparece totalmente. A parte gira disto tudo é que falhar é inevitável e até é bom pois traz um bom apanhado de aprendizagens e algum crescimento associados.
Só posso esperar falhar muito, para conseguir aprender, melhorar, crescer e deixar de ter dúvidas e medo (como ainda acredito que seja possível).
2 | As dúvidas dos outros
A pessoa que muda de vida não é a única a ter dúvidas. Não, nem de perto.
Há muitas mais pessoas que têm dúvidas em relação à nossa mudança.
Por um lado, há aqueles que ficam com a dúvida se ainda temos alguma sanidade mental. Acreditam que só um louco faria uma asneira deste tamanho. Afinal de contas, quem deixaria o conforto de um emprego (tido como) certo, de um ordenado constante ao final do mês, de saber sempre com o que contar e de ter toda a sua vida futura já pré-determinada? Só um louco, nitidamente!
Depois, há os que têm muitas dúvidas em relação ao nosso futuro. Duvidam que a pessoa seja capaz, no fundo é isso. Duvidam que seja possível a pessoa mudar de área, aprender coisas novas (agora, depois dos 30!?), conquistar sucesso a fazer um outra coisa qualquer, diferente daquela que andou anos a estudar.
Muitos duvidam também que seja possível. Acreditam que essa história de ganhar a vida de forma diferente, trabalhando para si próprio, muitas vezes através de trabalho estritamente online e com recurso apenas a um portátil e a uma ligação de internet, é apenas isso mesmo: uma história que uns maluquinhos contam para fazerem inveja aos outros.
Estas pessoas ainda não conseguiram ver que o mundo de hoje é diferente do de há 10 ou 15 anos e que há muitas coisas que dantes não eram possíveis e que agora se estão a tornar no novo “normal”.
“Digital nomad is the new black”
A verdade é que estas dúvidas dos outros alimentam ainda mais as nossas próprias dúvidas. E também não sei quando é que as dúvidas deles desaparecem, mas sei que rapidamente elas deixam de ter importância. À medida que vamos fazendo coisas e colocando planos em acção, há vozes que deixam de se ouvir, não porque se calaram, mas porque deixamos de dar por elas.
3 | Temos de nos re-inventar
Quando se muda assim tão radicalmente, é imperativo que tenhamos de apagar formatações antigas. Coisas que associamos a nós próprios mas que deixam de fazer sentido, à luz da nova realidade.
Eu, por exemplo, trabalhava em ciência e acreditava que só tinha jeito para números e laboratórios. Sempre uma excelente aluna a matemática, química e física, achava que não havia mais nada que eu pudesse fazer a não ser trabalhar com ciência.
O problema é que um laboratório não se pode levar connosco em viagem e nas instituições tradicionais, os horários flexíveis têm pouco de flexíveis e muito de “ligeiramente maleáveis” (para além de serem, muitas vezes, mais longos do que o ideal).
Então o que há-de uma pessoa fazer nesse caso?
É fácil: re-inventa-se.
Descobre coisas novas: coisas de que gosta, coisas para as quais afinal até tem jeito, junta muita vontade de ser mais criativo e de pensar fora da caixa, e acaba por descobrir o seu caminho.
Não é de um dia para o outro nem é ao calhas. É com muito trabalho de auto-conhecimento, com o descascar da cebola feita de camadas de crenças limitadoras, com a ajuda de quem já passou pelo mesmo e com muita vontade de descobrir o que está, afinal, lá por baixo.
Acabam por se descobrir coisas que desconhecíamos totalmente sobre nós próprios, incluindo uma força enorme e uma vontade de remar contra a maré, para além de capacidades enterradas, a mais importante das quais é a capacidade de aprender.
E quando queremos mesmo mudar, então mudamos. Construímos uma nova identidade, vamos buscar ao mais fundo de nós todos os pedacinhos que são precisos, e propomo-nos a aprender coisas novas todos os dias. São essas coisas que desenterramos e que aprendemos e re-aprendemos que nos permitem avançar com os projectos dos nossos sonhos.
4 | A sensação de tempo perdido
É inevitável: quando percebemos que a mudança era mesmo a escolha certa, pensamos “mas porquê só agora?”
Porque não vi isto antes? Porque não percebi há mais tempo que a minha vida ideal era outra? Porque demorei tanto tempo a descobrir aquilo que realmente me faz feliz?
E apesar de inevitável, é também inútil.
É inútil porque já não há nada a fazer. Porque o tempo já passou e não podemos voltar atrás e até porque mais vale tarde do que nunca. Não foi antes mas é agora!
E é inútil porque era necessário. Era necessário passarmos por tudo o que já passámos para sermos a pessoa que somos no momento de mudança. Para sermos a pessoa que é capaz de dar esse passo.
Não vale a pena pensar no quão já podíamos estar lá mais à frente, porque para conseguir ir para a linha da frente era preciso crescer primeiro. Era preciso mudar de mindset, perceber o mundo actual e conhecer quem realmente somos. Era preciso tempo.
Mentalizamo-nos que aconteceu quando tinha de acontecer, quando se tornou possível acontecer, e que se tivesse acontecido antes não teria sido tão bom porque ainda iam faltar peças. E quando finalmente temos as peças todas, damos o salto mas não caímos no abismo. Em vez disso, construímos as nossas asas e voamos bem alto.
CORAGEM
REFLEXÃO
PONDERAÇÃO
Filipa Maia
2 replies to “Os 4 maiores Obstáculos à Mudança”
Filipa Maia
Muito obrigada, Natália. Fico orgulhosa por ler essas palavras e por saber que há pessoas que me vêem dessa forma. Um beijinho grande*
Filipa Maia
Que bom, Maria! Muito obrigada pelo feedback :)
Maria Guimarães
Adorei, Filipa! Estava mesmo a precisar de ler isto …
Natalia
Esta é a Filipa que eu tenho vindo a conhecer devagarinho, no início reservada e agora cheia de confiança e vontade de mostrar o tanto que podemos fazer. Muito bom. Inspirador para pequenas e grandes mudanças. Nat.
Comments are closed.
Related Posts
Winter is Coming | Como Vencer a “Tristeza de Inverno”
Não é da sua imaginação! O Inverno traz muitas vezes consigo o Distúrbio Afetivo Sazonal, um quadro depressivo recorrente.
Bolsa de Valores | A Família
Não há duas famílias iguais, mas é universal o impacto que a realidade e dinâmica familiar têm em cada um de nós, a forma como nos moldam e definem.
O que é realmente a Cosmética Biológica?
Ouvimos, cada vez mais, falar em cosmética biológica. Mas o que a distingue, exactamente, da cosmética convencional? O que garante a sua excelência?