Hoje em dia, creio que toda a gente já terá ouvido falar na política dos 3 R´s ambientais. Estes foram amplamente divulgados nas últimas décadas. Reduzir, Reutilizar, Reciclar.
A política dos 3 R´s surgiu da urgência de compatibilizar a actividade e necessidades humanas com a protecção da natureza.
A redução, reutilização e reciclagem de materiais têm como objectivo último a diminuição da pressão, sobre o meio ambiente, através de uma dupla vertente. Por um lado, o decréscimo da quantidade de matérias-primas utilizadas na produção de novos produtos. Por outro, a redução da quantidade de desperdícios resultantes do nível de vida e consumo humanos, depositados na Natureza sem que esta tenha capacidade de os absorver.
Tendo em conta o agravar dos problemas ambientais vividos no nosso planeta sentiu-se também a necessidade de alargar esta política. De 3 passamos para 5 R’s, que evidenciam a necessidade de intervir, cada vez mais, a nível ambiental: Recusar, Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Compostar (Rot).
Embora não seja exactamente este o tema deste artigo, nunca é demais relembrar o que cada um destes conceitos implica. Tanto mais, porque o ambiente é um dos pilares básicos do desenvolvimento sustentável.
1 | Recusar
Dizer não ao que realmente não precisamos é o primeiro passo para diminuir a quantidade de resíduos ambientais. Poupa-se assim em matérias-primas, energia (da produção e transporte) e, em última análise na rejeição de materiais.
2 | Reduzir
Remete-nos para a limitação da produção, bem como do próprio consumo, numa atitude de consciencialização e responsabilização pelo resultado das nossas acções e modos de vida no meio.
3 | Reutilizar
Reutilizar significa dar nova utilidade com proveito para alguém. A reutilização está assim ligada à recuperação de materiais, que tendo perdido a sua utilidade inicial, poderão ser utilizados numa nova função ou por um novo utilizador. Para tal acontecer não deverá ser necessário transformar a sua composição original.
4 | Reciclar
Implica a transformação de um produto que, perde a sua utilidade inicial e não encontra uma nova função com as suas características originais. Então, os seus componentes podem reaproveitados para a criação de novos produtos.
5 | Compostar (Rot)
Significa a transformação de matéria orgânica em fertilizante natural (composto), através da acção de microorganismos.
Não esqueçamos que embora estejam mais associados ao pilar ambiental, a aplicação destes 5 R´s no nosso dia a dia acaba por ter efeitos positivos também a nível social e económico. E, por isso, é essencial que falemos neles no âmbito da sustentabilidade.
Contudo, hoje gostaria de ir mais além e apresentar-vos a minha própria sugestão/interpretação do que poderiam ser os 5 R´s do Desenvolvimento Sustentável.
1 | Reconhecer (Responsabilizar-se)
Ou seja, tomar consciência do impacto dos nossos actos, na sociedade e ambiente. Nas gerações presentes e futuras. Ao mesmo tempo, consciência de que existem caminhos alternativos e que cabe a cada um de nós segui-los;
2 | Repensar
Os nossos hábitos de vida, consumo, deslocação, etc. Muitas das nossas acções são condicionadas por hábitos enraizados, muitas vezes transmitidos de geração em geração. Outras tantas difundidas pelos meios de comunicação, campanhas publicitárias ou lobbys. Pequenas mudanças nesses hábitos, poderão significar grandes transformações no panorama mundial.
3 | Reagir
Este ‘R’ implica a necessidade de acção perante os problemas mundiais. Não podemos pensar que não nos diz respeito, ou que as nossas acções não fazem diferença. Trata-se de implementar as estratégias que pensamos, para resolver os problemas que reconhecemos.
4 | Recuperar
Se alguns “maus hábitos” foram passados pelas gerações anteriores, a verdade é que também muitos bons saberes se perderam. É necessário recuperar essa herança que foi construída por milénios de sabedoria que valorizavam as relações comunitárias e com o meio ambiente.
5 | Respeitar
Por fim (embora seja um princípio transversal) é necessário cultivar o respeito. Respeito pela natureza que serve de suporte à actividade humana. Respeito pelas pessoas, por todas as culturas e nações, de todas as regiões do mundo. Respeito por aqueles que ainda virão. Por aquilo que as gerações anteriores nos passaram. E, acima de tudo, respeito por nós próprios que somos pequenas peças que compõem este grande puzzle.
Entenda-se que esta é apenas a minha interpretação. Mais importante do que existir um política dos 5 R’s do Desenvolvimento Sustentável, parece-me a mim, é que cada pessoa perceba quais os termos/conceitos que lhe fazem mais sentido. Que os interiorize, que os integre no seu sistema de valores e que aja de acordo com eles.
O que é importante, é que o Desenvolvimento Sustentável se assuma como o conceito complexo e integrador que realmente é. Que ultrapasse os limites meramente ambientais a que tem vindo a ser associado e que entre definitivamente no quotidiano das pessoas.
Porque tal como as pessoas, não existem sem o suporte ambiental, este também não faz sentido sem o conjunto de relações sociais e económicas que sobre ele se desenvolvem.
Confinamento: Essa nova e extraordinária realidade que de repente todos conhecemos. Mas para muitos, viver confinado sempre foi, simplesmente, a realidade de todos os dias.
Os 5 R´s do Desenvolvimento Sustentável
Hoje em dia, creio que toda a gente já terá ouvido falar na política dos 3 R´s ambientais. Estes foram amplamente divulgados nas últimas décadas. Reduzir, Reutilizar, Reciclar.
A política dos 3 R´s surgiu da urgência de compatibilizar a actividade e necessidades humanas com a protecção da natureza.
A redução, reutilização e reciclagem de materiais têm como objectivo último a diminuição da pressão, sobre o meio ambiente, através de uma dupla vertente. Por um lado, o decréscimo da quantidade de matérias-primas utilizadas na produção de novos produtos. Por outro, a redução da quantidade de desperdícios resultantes do nível de vida e consumo humanos, depositados na Natureza sem que esta tenha capacidade de os absorver.
Tendo em conta o agravar dos problemas ambientais vividos no nosso planeta sentiu-se também a necessidade de alargar esta política. De 3 passamos para 5 R’s, que evidenciam a necessidade de intervir, cada vez mais, a nível ambiental: Recusar, Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Compostar (Rot).
Embora não seja exactamente este o tema deste artigo, nunca é demais relembrar o que cada um destes conceitos implica. Tanto mais, porque o ambiente é um dos pilares básicos do desenvolvimento sustentável.
1 | Recusar
Dizer não ao que realmente não precisamos é o primeiro passo para diminuir a quantidade de resíduos ambientais. Poupa-se assim em matérias-primas, energia (da produção e transporte) e, em última análise na rejeição de materiais.
2 | Reduzir
Remete-nos para a limitação da produção, bem como do próprio consumo, numa atitude de consciencialização e responsabilização pelo resultado das nossas acções e modos de vida no meio.
3 | Reutilizar
Reutilizar significa dar nova utilidade com proveito para alguém. A reutilização está assim ligada à recuperação de materiais, que tendo perdido a sua utilidade inicial, poderão ser utilizados numa nova função ou por um novo utilizador. Para tal acontecer não deverá ser necessário transformar a sua composição original.
4 | Reciclar
Implica a transformação de um produto que, perde a sua utilidade inicial e não encontra uma nova função com as suas características originais. Então, os seus componentes podem reaproveitados para a criação de novos produtos.
5 | Compostar (Rot)
Significa a transformação de matéria orgânica em fertilizante natural (composto), através da acção de microorganismos.
Não esqueçamos que embora estejam mais associados ao pilar ambiental, a aplicação destes 5 R´s no nosso dia a dia acaba por ter efeitos positivos também a nível social e económico. E, por isso, é essencial que falemos neles no âmbito da sustentabilidade.
Contudo, hoje gostaria de ir mais além e apresentar-vos a minha própria sugestão/interpretação do que poderiam ser os 5 R´s do Desenvolvimento Sustentável.
1 | Reconhecer (Responsabilizar-se)
Ou seja, tomar consciência do impacto dos nossos actos, na sociedade e ambiente. Nas gerações presentes e futuras. Ao mesmo tempo, consciência de que existem caminhos alternativos e que cabe a cada um de nós segui-los;
2 | Repensar
Os nossos hábitos de vida, consumo, deslocação, etc. Muitas das nossas acções são condicionadas por hábitos enraizados, muitas vezes transmitidos de geração em geração. Outras tantas difundidas pelos meios de comunicação, campanhas publicitárias ou lobbys. Pequenas mudanças nesses hábitos, poderão significar grandes transformações no panorama mundial.
3 | Reagir
Este ‘R’ implica a necessidade de acção perante os problemas mundiais. Não podemos pensar que não nos diz respeito, ou que as nossas acções não fazem diferença. Trata-se de implementar as estratégias que pensamos, para resolver os problemas que reconhecemos.
4 | Recuperar
Se alguns “maus hábitos” foram passados pelas gerações anteriores, a verdade é que também muitos bons saberes se perderam. É necessário recuperar essa herança que foi construída por milénios de sabedoria que valorizavam as relações comunitárias e com o meio ambiente.
5 | Respeitar
Por fim (embora seja um princípio transversal) é necessário cultivar o respeito. Respeito pela natureza que serve de suporte à actividade humana. Respeito pelas pessoas, por todas as culturas e nações, de todas as regiões do mundo. Respeito por aqueles que ainda virão. Por aquilo que as gerações anteriores nos passaram. E, acima de tudo, respeito por nós próprios que somos pequenas peças que compõem este grande puzzle.
Entenda-se que esta é apenas a minha interpretação. Mais importante do que existir um política dos 5 R’s do Desenvolvimento Sustentável, parece-me a mim, é que cada pessoa perceba quais os termos/conceitos que lhe fazem mais sentido. Que os interiorize, que os integre no seu sistema de valores e que aja de acordo com eles.
O que é importante, é que o Desenvolvimento Sustentável se assuma como o conceito complexo e integrador que realmente é. Que ultrapasse os limites meramente ambientais a que tem vindo a ser associado e que entre definitivamente no quotidiano das pessoas.
Porque tal como as pessoas, não existem sem o suporte ambiental, este também não faz sentido sem o conjunto de relações sociais e económicas que sobre ele se desenvolvem.
CONSCIÊNCIA
PERSPECTIVA
ACÇÃO
Susana Machado
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