A sobrevivência e a longevidade sempre fizeram parte do desassossego humano.
A grande evolução da medicina, ao longo do tempo, aumentou em muito a nossa esperança média de vida. Contudo, esperança de vida nem sempre significa a qualidade da mesma.
Segundo o The Danish Twin Study, apenas 20% da nossa saúde e longevidade são determinadas por factores genéticos. Isto significa, que os restantes 80% estão nas nossas mãos.
Longe do destino, da sorte e do fado, serão as nossas decisões que irão contar. Isto dá-nos um enorme poder, e com ele, uma ainda maior responsabilidade.
O estudo de civilizações centenárias foi o caminho explorado por muitos cientistas para compreender como podemos aumentar a longevidade e a qualidade de vida na era contemporânea.
O investigador Dan Buettner em conjunto com a National Geographic e uma vasta equipa de médicos, antropólogos, demógrafos e epidemiologistas procuraram denominadores comuns em 5 populações centenárias, que definiram geograficamente como Blue Zones.
Desta investigação emergiram 9 variáveis fundamentais, inerentes à longevidade destas populações, podendo ser estruturadas em 4 pilares principais.
• Dieta Orgânica e à Base de Plantas – Os vegetais, as frutas, as leguminosas, as nozes e as sementes, são por norma baixos em densidade energética e de elevada densidade nutricional.
Quando consumidos, na sua enorme variedade, são fontes extraordinárias de vitaminas, minerais, proteínas, fibras, ácidos gordos essenciais, fitoquímicos e inúmeros outros micronutrientes.
Para além disso, todas as ervas e especiarias, que utilizamos na nossa cozinha, são poderosos concentrados nutricionais, com prodigiosas propriedades farmacológicas.
• Redução ou exclusão de alimentos processados, açúcar, sal refinado e gorduras saturadas.
• Redução ou exclusão do consumo de produtos de origem animal.
• Redução no Consumo de Álcool – com excepção para o consumo moderado de vinho tinto. Um copo por dia para as mulheres e dois para os homens.
• Regra dos 80% – O cérebro precisa de cerca de 20 minutos para reconhecer que o estômago está cheio, fazendo com que a maioria das pessoas acidentalmente coma demais. Por esta razão, devemos parar de comer quando nos sentirmos 80% cheios.
2 | Actividade Física
Não é preciso correr maratonas, “levantar ferro” no ginásio ou ser o próximo Iron Man. O importante é sermos mais activos, movimentarmo-nos naturalmente e que isso nos faça mais felizes.
• 30 minutos Diários – De actividade física moderada, seria o ideal.
• Contacto com a Natureza – É muitíssimo importante para a promoção do bem-estar, da estabilidade física e emocional. É especialmente relevante para quem vive em ambientes urbanos.
• Fazer por Prazer – A melhor técnica para nos mexermos, é fazendo alguma coisa que nos faça mais felizes. (E não! Não conta levantar copos, nem maratonas de séries na televisão.)
• Combater o Sedentarismo – É importante evitar longos períodos estáticos, sentado à secretária ou a ver televisão, fazendo pequenas pausas para caminhar um pouco e alongar os músculos.
• O que Podemos Fazer? – Caminhar, dançar, nadar, dar uma volta de bicicleta, yoga, pilates, jardinar, brincar com as crianças, passear o cão ou até aspirar a casa, são alguns exemplos simples de como podemos tornar o nosso dia-a-dia mais activo.
3 | Minimizar a Exposição a Toxinas
Todos temos contacto com substancias tóxicas, diariamente. Embora algumas destas matérias químicas tenham um impacto reduzido na nossa saúde, outras não.
Muitas delas têm efeitos profundamente negativos, principalmente a médio/longo prazo, devido à bioacumulação.
As toxinas entram no nosso organismo de várias formas, nomeadamente, quando as respiramos, comemos, bebemos ou são absorvidas pela nossa pele.
As principais fontes de toxinas indesejáveis são:
• Poluição Ambiental e Atmosférica – Especialmente em ambiente urbano, e claramente a mais difícil de evitar.
• Tabaco – Fumadores activos e passivos.
• Pesticidas, Herbicidas e Fertilizantes – Presentes nos alimentos de origem vegetal, animal e em lençóis de água contaminados.
• Antibióticos e Hormonas – Presentes nos alimentos de origem animal.
• Toxinas de Ambiente Interior (Construção) – Amianto, PVC, chumbo, mercúrio e retardadores de chama halogenados, utilizados na construção de edifícios.
• Toxinas de Ambiente Interior (Dia-a-dia) – Teflon, alumínio, plásticos (com ou sem BPA), químicos da limpeza a seco, enlatados (BPA), ftalatos (em tudo o que tem “fragrâncias”). Mesmo a parafina, das tão inocentes velas que temos por casa.
Andamos constantemente numa corrida delirante contra o tempo e contra nós, com prazos irreais e objectivos utópicos. Onde o dia-a-dia se transformou numa luta idílica pela perfeição, em tudo.
É fundamental libertarmo-nos do excesso de pressões, padrões e estímulos, arranjando tempo para nos focarmos apenas em nós.
Yoga, tai-chi, chi kung, respirar, meditar ou dormir a sesta. Ler, jardinar, passear ou mesmo um jantar com os amigos, se isso nos ajudar a desconectar, já está ganho.
• Propósito – Sabermos qual a razão que nos faz levantar da cama todos os dias para enfrentar o mundo. Uma motivação especial, uma paixão, uma missão a cumprir.
A pergunta é: O que é que nos faz querer continuar a lutar?
• Dedicação aos que Amamos – O tempo e o amor que dedicamos à família (nascida ou escolhida), ajuda-nos a encontrar o equilíbrio físico e emocional, a segurança e a coragem para ultrapassar os obstáculos.
É o nosso porto seguro. Onde fechamos a porta e desligamos do mundo.
• Celebrar as Pequenas Coisas – A vida é para ser celebrada, o agora é tudo o que temos. Rir. Cantar. Dançar. Viver. Colocar paixão e alegria em tudo o que fazemos.
• Sentimento de Pertença e Envolvimento – Acreditarmos e sentirmos que temos uma “tribo” da qual fazemos parte.
Onde encaixamos, onde não são precisas máscaras, que nos compreende e respeita, que nos orienta nas escolhas certas, que nos apoia por aquilo que somos.
Pode ser o espírito de comunidade, ou apenas aquelas 2 ou 3 pessoas que fazem toda a diferença na nossa vida.
Moldar a perspectiva que temos da nossa saúde, através destes 4 princípios fundamentais, será verdadeiramente revolucionário para a nossa a nossa qualidade de vida.
Os 4 Segredos para uma Vida Saudável
A sobrevivência e a longevidade sempre fizeram parte do desassossego humano.
A grande evolução da medicina, ao longo do tempo, aumentou em muito a nossa esperança média de vida. Contudo, esperança de vida nem sempre significa a qualidade da mesma.
Segundo o The Danish Twin Study, apenas 20% da nossa saúde e longevidade são determinadas por factores genéticos. Isto significa, que os restantes 80% estão nas nossas mãos.
Longe do destino, da sorte e do fado, serão as nossas decisões que irão contar. Isto dá-nos um enorme poder, e com ele, uma ainda maior responsabilidade.
O estudo de civilizações centenárias foi o caminho explorado por muitos cientistas para compreender como podemos aumentar a longevidade e a qualidade de vida na era contemporânea.
O investigador Dan Buettner em conjunto com a National Geographic e uma vasta equipa de médicos, antropólogos, demógrafos e epidemiologistas procuraram denominadores comuns em 5 populações centenárias, que definiram geograficamente como Blue Zones.
Desta investigação emergiram 9 variáveis fundamentais, inerentes à longevidade destas populações, podendo ser estruturadas em 4 pilares principais.
Os 4 Segredos de uma Longevidade Saudável
1 | Alimentação
• Dieta Orgânica e à Base de Plantas – Os vegetais, as frutas, as leguminosas, as nozes e as sementes, são por norma baixos em densidade energética e de elevada densidade nutricional.
Quando consumidos, na sua enorme variedade, são fontes extraordinárias de vitaminas, minerais, proteínas, fibras, ácidos gordos essenciais, fitoquímicos e inúmeros outros micronutrientes.
Para além disso, todas as ervas e especiarias, que utilizamos na nossa cozinha, são poderosos concentrados nutricionais, com prodigiosas propriedades farmacológicas.
• Redução ou exclusão de alimentos processados, açúcar, sal refinado e gorduras saturadas.
• Redução ou exclusão do consumo de produtos de origem animal.
• Redução no Consumo de Álcool – com excepção para o consumo moderado de vinho tinto. Um copo por dia para as mulheres e dois para os homens.
• Regra dos 80% – O cérebro precisa de cerca de 20 minutos para reconhecer que o estômago está cheio, fazendo com que a maioria das pessoas acidentalmente coma demais. Por esta razão, devemos parar de comer quando nos sentirmos 80% cheios.
2 | Actividade Física
Não é preciso correr maratonas, “levantar ferro” no ginásio ou ser o próximo Iron Man. O importante é sermos mais activos, movimentarmo-nos naturalmente e que isso nos faça mais felizes.
• 30 minutos Diários – De actividade física moderada, seria o ideal.
• Contacto com a Natureza – É muitíssimo importante para a promoção do bem-estar, da estabilidade física e emocional. É especialmente relevante para quem vive em ambientes urbanos.
• Fazer por Prazer – A melhor técnica para nos mexermos, é fazendo alguma coisa que nos faça mais felizes. (E não! Não conta levantar copos, nem maratonas de séries na televisão.)
• Combater o Sedentarismo – É importante evitar longos períodos estáticos, sentado à secretária ou a ver televisão, fazendo pequenas pausas para caminhar um pouco e alongar os músculos.
• O que Podemos Fazer? – Caminhar, dançar, nadar, dar uma volta de bicicleta, yoga, pilates, jardinar, brincar com as crianças, passear o cão ou até aspirar a casa, são alguns exemplos simples de como podemos tornar o nosso dia-a-dia mais activo.
3 | Minimizar a Exposição a Toxinas
Todos temos contacto com substancias tóxicas, diariamente. Embora algumas destas matérias químicas tenham um impacto reduzido na nossa saúde, outras não.
Muitas delas têm efeitos profundamente negativos, principalmente a médio/longo prazo, devido à bioacumulação.
As toxinas entram no nosso organismo de várias formas, nomeadamente, quando as respiramos, comemos, bebemos ou são absorvidas pela nossa pele.
As principais fontes de toxinas indesejáveis são:
• Poluição Ambiental e Atmosférica – Especialmente em ambiente urbano, e claramente a mais difícil de evitar.
• Tabaco – Fumadores activos e passivos.
• Pesticidas, Herbicidas e Fertilizantes – Presentes nos alimentos de origem vegetal, animal e em lençóis de água contaminados.
• Antibióticos e Hormonas – Presentes nos alimentos de origem animal.
• Toxinas de Ambiente Interior (Construção) – Amianto, PVC, chumbo, mercúrio e retardadores de chama halogenados, utilizados na construção de edifícios.
• Toxinas de Ambiente Interior (Dia-a-dia) – Teflon, alumínio, plásticos (com ou sem BPA), químicos da limpeza a seco, enlatados (BPA), ftalatos (em tudo o que tem “fragrâncias”). Mesmo a parafina, das tão inocentes velas que temos por casa.
• Toxinas nos Produtos de Limpeza – Transversalmente aos do carro, do jardim, de casa, da loiça e da roupa.
• Toxinas nos Produtos de Higiene, Cosmética e Beleza – Na maioria das tipologias comerciais. (Incluindo a “água de rosas”, o pó de talco e os produtos para bebé.)
4 | Gestão de Stress
• Baixar o Ritmo – Desligar. Respirar. Relaxar.
Andamos constantemente numa corrida delirante contra o tempo e contra nós, com prazos irreais e objectivos utópicos. Onde o dia-a-dia se transformou numa luta idílica pela perfeição, em tudo.
É fundamental libertarmo-nos do excesso de pressões, padrões e estímulos, arranjando tempo para nos focarmos apenas em nós.
Yoga, tai-chi, chi kung, respirar, meditar ou dormir a sesta. Ler, jardinar, passear ou mesmo um jantar com os amigos, se isso nos ajudar a desconectar, já está ganho.
• Propósito – Sabermos qual a razão que nos faz levantar da cama todos os dias para enfrentar o mundo. Uma motivação especial, uma paixão, uma missão a cumprir.
A pergunta é: O que é que nos faz querer continuar a lutar?
• Dedicação aos que Amamos – O tempo e o amor que dedicamos à família (nascida ou escolhida), ajuda-nos a encontrar o equilíbrio físico e emocional, a segurança e a coragem para ultrapassar os obstáculos.
É o nosso porto seguro. Onde fechamos a porta e desligamos do mundo.
• Celebrar as Pequenas Coisas – A vida é para ser celebrada, o agora é tudo o que temos. Rir. Cantar. Dançar. Viver. Colocar paixão e alegria em tudo o que fazemos.
• Sentimento de Pertença e Envolvimento – Acreditarmos e sentirmos que temos uma “tribo” da qual fazemos parte.
Onde encaixamos, onde não são precisas máscaras, que nos compreende e respeita, que nos orienta nas escolhas certas, que nos apoia por aquilo que somos.
Pode ser o espírito de comunidade, ou apenas aquelas 2 ou 3 pessoas que fazem toda a diferença na nossa vida.
Moldar a perspectiva que temos da nossa saúde, através destes 4 princípios fundamentais, será verdadeiramente revolucionário para a nossa a nossa qualidade de vida.
Deixem-se inspirar, não se vão arrepender.
ALIMENTAÇÃO
MOVIMENTO
TOXIC FREE
STRESS FREE
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