Cada vez mais, tem menos sentido para mim a distinção entre online e offline, como se existisse uma linha forte e intensa a separá-los.
Quando li o The Onlife Manifesto, o conceito pareceu adequar-se plenamente à minha vida e à de tantos outros. A vida é onlife.
Não fazemos logout no computador, nem nas aplicações que temos no telemóvel.
Não fazemos logout do digital para entrar em modo IRL (In Real Life).
Sei que eu e todos os que se identificam com o que acabei de escrever, vivemos numa bolha. Em Portugal isto não é uma realidade para todos.
Regressemos à bolha onde somos onlife. Uma vez reconhecida esta condição, é importante fazer o exercício minimalista, aplicando-o em vários campos.
O Número e a Ditadura da Quantidade
A vertigem do número atrai-nos: o número de livros que temos, o número de livros que lemos, o número de pessoas que seguimos, o número de pessoas que nos seguem, o número de likes.
Quando damos por nós, o que temos é ruído: nas prateleiras dos livros, nos instagrams da vida, nos tweets que publicamos.
Vivemos com a ideia de que bom é ter muito ou muitos. Todavia, um olhar mais demorado permite-nos perceber que a qualidade nem sempre está presente na quantidade.
Menos é mais: libertem as prateleiras dos livros que não vão ler, libertem-se das apps que não acrescentam nada.
O Atropelo de Informação
O fluxo de informação é enorme e imparável. É por isso que é tão importante escolher as fontes que nos oferecem qualidade, que nos acrescentam valor.
O JOMO (Joy of Missing Out) deve ser abraçado: não temos de saber tudo ou de tudo. É bom não saber tudo, pois já seleccionámos as fontes onde vamos buscar a informação que nos faz, realmente, falta.
Estabeleçam os vossos critérios: escrever ajuda a não perder o foco, a evitar o imediatismo do subscribe, do buy now, do follow, do tap here.
Parar para Pensar
O parar para pensar pratica-se nas grandes decisões da vida, mas também nas pequenas, como a compra deste ou daquele livro, daquela peça de roupa, no follow que se faz àquela conta de Twitter. Menos é mais.
Filosofa Portuguesa, dedica-se à filosofia para crianças e jovens, desde 2008. Consultora, estratega e formadora de marketing digital. É professora na Pós-Graduação em Filosofia para Crianças e Jovens, na Universidade Católica de Lisboa.
Menos é Mais | A Ditadura da Quantidade
Cada vez mais, tem menos sentido para mim a distinção entre online e offline, como se existisse uma linha forte e intensa a separá-los.
Quando li o The Onlife Manifesto, o conceito pareceu adequar-se plenamente à minha vida e à de tantos outros. A vida é onlife.
Não fazemos logout no computador, nem nas aplicações que temos no telemóvel.
Não fazemos logout do digital para entrar em modo IRL (In Real Life).
Sei que eu e todos os que se identificam com o que acabei de escrever, vivemos numa bolha. Em Portugal isto não é uma realidade para todos.
Regressemos à bolha onde somos onlife. Uma vez reconhecida esta condição, é importante fazer o exercício minimalista, aplicando-o em vários campos.
O Número e a Ditadura da Quantidade
A vertigem do número atrai-nos: o número de livros que temos, o número de livros que lemos, o número de pessoas que seguimos, o número de pessoas que nos seguem, o número de likes.
Quando damos por nós, o que temos é ruído: nas prateleiras dos livros, nos instagrams da vida, nos tweets que publicamos.
Vivemos com a ideia de que bom é ter muito ou muitos. Todavia, um olhar mais demorado permite-nos perceber que a qualidade nem sempre está presente na quantidade.
Menos é mais: libertem as prateleiras dos livros que não vão ler, libertem-se das apps que não acrescentam nada.
O Atropelo de Informação
O fluxo de informação é enorme e imparável. É por isso que é tão importante escolher as fontes que nos oferecem qualidade, que nos acrescentam valor.
O JOMO (Joy of Missing Out) deve ser abraçado: não temos de saber tudo ou de tudo. É bom não saber tudo, pois já seleccionámos as fontes onde vamos buscar a informação que nos faz, realmente, falta.
Estabeleçam os vossos critérios: escrever ajuda a não perder o foco, a evitar o imediatismo do subscribe, do buy now, do follow, do tap here.
Parar para Pensar
O parar para pensar pratica-se nas grandes decisões da vida, mas também nas pequenas, como a compra deste ou daquele livro, daquela peça de roupa, no follow que se faz àquela conta de Twitter. Menos é mais.
PRESENÇA
CONSCIÊNCIA
MINIMALISMO
Joana Rita Sousa
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